Acender as luzes internas

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Identifique-se! “Siga, Pare, acenda os faróis internos e… Sorria, você está sendo filmado. Há uma filmagem da Providência divina”

 

Terapeuta, paraense, espírita, Alberto Almeida sempre prende a atenção do público seja qual for o tema por ele abordado. E não foi diferente na tarde de sábado quando falou sobre “Acender as luzes internas”, na palestra do segundo dia do Congresso.

Acender os faróis para dentro é o caminho apontado pelo palestrante. Todavia, o mais difícil é o processo de autoidentificação, condição imprescindível para a autotransformação. “É o mergulho interno sugerido por Joanna de Ângelis”, acrescenta.

Sempre com exemplos práticos, o orador relembra uma conhecida analogia: “se alguém pisa no meu pé, dói e passa. Porém, se eu tiver uma unha encravada vai doer muito mais porque já tem uma inflamação no local. Assim é a vida”, reforça.

Para Alberto a postura física nos identifica. Às vezes, uma pessoa tem uma conduta elegante porque já trouxe de outras vidas. Nós nos surpreendemos conosco, é um desafio!

 

Sem perdas

No entanto, para nos reconhecer internamente é preciso parar. Parar sem perdas, explica Alberto. Para ele, o desafio de ser espírita é sê-lo 24 horas, e não apenas um espírita de ocasião. Ser espírita é um processo, um caminho. É preciso está pronto para mudar. É mais difícil ser nós mesmos, pois sempre achamos que vivemos num mundo de exceções.

E nessa trilha do autoconhecimento, Alberto aconselha viver no mundo usufruindo o que a vida oferece. E explica que o espiritismo não exige uma santificação. “Siga, pare, acenda os faróis internos e Sorria…você está sendo filmado. Há uma filmagem na Providência divina, sabemos que as perdas são dores que serão transformadas em sabores”, propõe.

No final da palestra, Alberto deu três dicas simples e didáticas: Viver um momento de mudança continuada. Nós somos cristãos para viver a nossa própria epopéia. Nosso aprendizado vem dos encontros e, também, dos desencontros.

Na fase de perguntas um congressista quis saber quais livros da Doutrina Espírita ajudariam nesse processo de autotransformação: Ele sugeriu obras de Ivonne Pereira. E como base doutrinária para a trajetória, orienta “olhar para o corpo. Observar-se. Como se posiciona com as emoções como raiva, medo. Quais sentimentos nutrimos? Como é a nossa relação em casa?”

Os vínculos de afetividade na infância são levados para a vida adulta. Ex: Peça para um esquizofrênico para lhe abraçar. Observem que ele é duro. Sabem por quê? Porque aprendemos a criar vínculos emocionais quando somos crianças. Na sua linha terapêutica Alberto ensina três exercícios:

1 – Para sobreviver dar quatro abraços

2 – Para viver oito abraços

3 – Para crescer 12 abraços

 

Em relação a outra pergunta: como acender a nossa luz? Ele respondeu; “Às vezes a pessoa não se acha merecedor. E é horrível quem se vitimiza”. Para combater esse sentimento ele cita o filho pródigo, como exemplo e reforça: Assuma que você tem uma paternidade superior”.

A alegação da falta de tempo veio na última pergunta. Como estabelecer pausas para exercitar o autoconhecimento?

Mais uma vez a praticidade de Alberto Almeida nas respostas: “Se deixarmos um monte de coisas inúteis, vai ter muito tempo. O tempo é uma escolha nossa. Façamos o nosso melhor tempo. Ter caridade conosco, porque sem caridade, a alma morre”, citando Chico Xavier.

 

Por Diva ferreira
Foto: Antônio Luis

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